dentes de urubus
Rodopiando feito pião descendo morro abaixo, varrendo as ruas empoeiradas, o pó vermelho da terra, mistura ao vermelho do sangue que invadia da face. Fim do matrimônio que vinha arrastando-se entre trancos e barrancos.
Feito puma chega a encruzilhada encontra a esma,copos velas,rosas brancas oferecida a iemanjá .Loucura o mar estava longínquo dali,as velas queimavam outros apagavam,o cheiro da farofa exalava,a comida oferecida dava pra três ou mais pessoas,mais nada de ninguém comer,A pinga foi levada por um mendigo, que teve naquela noite,a sua companheira preferida para esquentar o frio,e saciar sua sede de alucinações,as formigas deparavam com um cachorro deitado ao lado do homem que caiu e rolou ate como um pião desgovernado, bateu a cabeça e ficou desacordado a noite inteira,acordando com a corda no pescoço.Pensa!Onde esta meu caixão, os cravos sobre o meu corpo, nem mamãe chara por mim.
Cadê a ingrata que foi a causadora, da minha destruição, meus amigos nem tiveram o trabalho de arrancar a corda do meu pescoço, nem um túmulo colocaram o meu corpo, deixaram pra que os urubus, se alimentassem, e ainda palitasse os dentes se eles tivessem dentes.