Volátil
Ela estava toda suja de tinta
Pintara um quadro incrivelmente belo
Sentia-se nas nuvens e não parava de cantar
Admirando sua obra como se fosse única
Sabia que outra obra assim custaria caro
A sujeira fazia parte do colorido do seu dia
A felicidade dançava ao redor de seu sorriso
Nunca um momento foi tão harmoniosamente belo
Os pincéis espalhados contavam os minutos gastos
Num canto, sentada no chão, esperou e ouviu um barulho
A porta do estúdio se abriu
Era ele, aquele que ela jurava seu fã
O aplauso seria inevitável, ela sabia disso
Um olhar, uma espera, um sorriso
Ele simplesmente dissera:
Nossa! Que sujeira. Apronte-se hoje vamos comer camarão e tomar vinho.