Sono (quase) mortal
Veio do interior de trem para a capital, em outubro de 1918 (era tempo da "Grippe Hespanhola") chegando à noitinha na Estação de destino. Sabendo da epidemia, veio com o remédio caseiro que achava infalível: pinga, limão e mel (o que tomou durante toda a viagem). Estava adormecido quando o fiscal lhe disse que o trem iria ser recolhido. Cambaleante saiu e recostou-se do lado de fora, na porta do Estação para esperar o dia clarear. Dormiu profundamente, acordando pelo chacoalho da carroça onde tinha sido colocado junto com vários cadáveres recolhidos pelas imediações. Assustado com aquilo gritou para o condutor parar a carroça, que ao mesmo tempo ficou momentaneamente assombrado, mas entendeu o que acontecia. Dada às reclamações do homem de ressaca tangível, o condutor exclamou: "O senhor deu sorte, porque essa carroça aqui vai para a vala comum e não direto para o crematório que é bem pertinho da Estação!"
Veio do interior de trem para a capital, em outubro de 1918 (era tempo da "Grippe Hespanhola") chegando à noitinha na Estação de destino. Sabendo da epidemia, veio com o remédio caseiro que achava infalível: pinga, limão e mel (o que tomou durante toda a viagem). Estava adormecido quando o fiscal lhe disse que o trem iria ser recolhido. Cambaleante saiu e recostou-se do lado de fora, na porta do Estação para esperar o dia clarear. Dormiu profundamente, acordando pelo chacoalho da carroça onde tinha sido colocado junto com vários cadáveres recolhidos pelas imediações. Assustado com aquilo gritou para o condutor parar a carroça, que ao mesmo tempo ficou momentaneamente assombrado, mas entendeu o que acontecia. Dada às reclamações do homem de ressaca tangível, o condutor exclamou: "O senhor deu sorte, porque essa carroça aqui vai para a vala comum e não direto para o crematório que é bem pertinho da Estação!"