Ano Novo
Começou a beber cedo. As primeiras doses, saboreou; as outras, engoliu-as maquinalmente. Tocou o telefone: “Não vens? Estou te esperando!” “Pra quê?” – balbuciou. “Para a festa do réveillon, homem.” Estrondos abalaram o silêncio. Pela janela, viu luzes multicores que pipocavam no céu. Tentou levantar-se: foi então que desabou sobre o tapete, perdendo toda a consciência.