Quero não, pra quê?

Olha, Papai Noel, vou ser bem direta. Não quero nada que todo mundo quer, nenhuma invenção tecnológica. Saúde, então, pode esquecer. Dispenso atenção de filho desnaturado e não vou pedir pela paz mundial. Aquele povo gosta de brigar e se pedir adiantasse, já tinham parado. Quero um encontro amoroso. Mas não com um desconhecido qualquer. Quero aquele velho ranheta que me atazanou por mais de cinqüenta anos antes de ir embora lá pra cima. Não quero que traga o presente aqui. Quero que me leve até ele. Ta me entendendo? Prometo não dar trabalho na viagem, mas quero bilhete único. Agradeço depois; se for atendida.
 



Imagem: A mulher escrevendo II - Autor : Joá Arievilo

Ly Sabas
Enviado por Ly Sabas em 18/12/2009
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