A TRAVESSIA......
Dias e dias no lombo do animal...viagem longa, demorada, parecia sem fim....agua escaceando...comida rareando, fome aumentando...cansaco de colocar as espaduas abaixo...sol a pino, calor forte....noites frias, cobertas finas....Endiro se encolhendo cada vez mais para tentar dormir....amarrava o cavalo onde pudesse...numa pedra, numa moita...quando tinha...se nao, amarrava na sua cintura mesmo..e procurava ficar o mais junto dele....saia algum calor.
Endiro saiu nesta jornada em busca de um medico,de um socorro...morava no meio da mata, sozinho, seis meses garimpando, lavando areia do rio...tinha encontrada uma pequena pedra, era o bastante par pagar o medico....tinha dores fortes, zonzeiras, tonturas....deixou o cavalo ir ao leu.....agora tinha tremores, suava frio, delirava...tinha febre....tinha sede...no sol forte viu o rio...viu o barqueiro...aticou mais a montaria....rapido, rapido animal...rapido!!!
Nao conseguiu desmontar...caiu direto no chao...levantou, conseguiu chegar ate' a barca, entrou....o barqueiro estendeu a mao....Endiro entendeu, colocou uma moeda...o barqueiro fez sinal de positivo...nao sem antes olhar a moeda dos dois lados, guardou na pequena bolsa amarrada na cintura....estendeu a longa vara....enfiou na agua barrenta do rio...chegou ao fundo..deu um impulso forte...a barca deslizou mansa, calma e foi seguindo em direcao a outra margem...
Endiro agora nao sentia mais dores, nem febre...nem tremores...nada!!!...so' uma paz...uma sensacao de alivio...de conforto...se sentia quente agora, protegido.....o sol nao mais incomodava...foi deitando, se esticando....sentiu o sono chegando...chegando....e a outra margem se distanciando cada vez mais....ficava escuro agora...a barca entrava em um canal fechado....umido, frio....Endiro tentou se levantar...nao conseguiu....se apoiou nos cotovelos....viu pessoas, gente, uma multidao..seguindo...seguindo....a barca parou...alguem ajudou Endiro a sair da barca....foi caminhando um pouco...olhou para tras...a barca e seu barqueiro comecavam a se afastar devagar....o barqueiro tirou seu capuz, olhou direto para Endiro....e Endiro viu...viu quem era o barqueiro...
Caronte...o barqueiro do rio da morte......
Caronte...o barqueiro que transporta os mortos .
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Dias e dias no lombo do animal...viagem longa, demorada, parecia sem fim....agua escaceando...comida rareando, fome aumentando...cansaco de colocar as espaduas abaixo...sol a pino, calor forte....noites frias, cobertas finas....Endiro se encolhendo cada vez mais para tentar dormir....amarrava o cavalo onde pudesse...numa pedra, numa moita...quando tinha...se nao, amarrava na sua cintura mesmo..e procurava ficar o mais junto dele....saia algum calor.
Endiro saiu nesta jornada em busca de um medico,de um socorro...morava no meio da mata, sozinho, seis meses garimpando, lavando areia do rio...tinha encontrada uma pequena pedra, era o bastante par pagar o medico....tinha dores fortes, zonzeiras, tonturas....deixou o cavalo ir ao leu.....agora tinha tremores, suava frio, delirava...tinha febre....tinha sede...no sol forte viu o rio...viu o barqueiro...aticou mais a montaria....rapido, rapido animal...rapido!!!
Nao conseguiu desmontar...caiu direto no chao...levantou, conseguiu chegar ate' a barca, entrou....o barqueiro estendeu a mao....Endiro entendeu, colocou uma moeda...o barqueiro fez sinal de positivo...nao sem antes olhar a moeda dos dois lados, guardou na pequena bolsa amarrada na cintura....estendeu a longa vara....enfiou na agua barrenta do rio...chegou ao fundo..deu um impulso forte...a barca deslizou mansa, calma e foi seguindo em direcao a outra margem...
Endiro agora nao sentia mais dores, nem febre...nem tremores...nada!!!...so' uma paz...uma sensacao de alivio...de conforto...se sentia quente agora, protegido.....o sol nao mais incomodava...foi deitando, se esticando....sentiu o sono chegando...chegando....e a outra margem se distanciando cada vez mais....ficava escuro agora...a barca entrava em um canal fechado....umido, frio....Endiro tentou se levantar...nao conseguiu....se apoiou nos cotovelos....viu pessoas, gente, uma multidao..seguindo...seguindo....a barca parou...alguem ajudou Endiro a sair da barca....foi caminhando um pouco...olhou para tras...a barca e seu barqueiro comecavam a se afastar devagar....o barqueiro tirou seu capuz, olhou direto para Endiro....e Endiro viu...viu quem era o barqueiro...
Caronte...o barqueiro do rio da morte......
Caronte...o barqueiro que transporta os mortos .
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