DESCOBRINDO O AMOR
A noite estava linda e perfumada, era final de primavera. Anunciava-se a chegada de uma nova estação, tão leve e quente, quanto àqueles jovens impulsivos, no auge das paixões. Naquela noite, só importava aquele instante que seria vivido por eles. Teria que ser inesquecível. E foi. Fizeram um brinde ao desejo. Mas se privaram de tomar o conteúdo da taça. Embora, transbordasse daquele duplo querer, seria guardada para um brinde no futuro, talvez. Despedida sem prazo para reencontro. Seguiram caminhos opostos. A paixão adormecera no berço do tempo.
Muito depois, as paralelas se cruzam. A paixão latente explode de repente.
Desta vez, repetem o brinde e se deleitam com a taça do prazer, em cada gole sorvido com avidez.
Entregam-se ao êxtase da descoberta do amor, que é vivido a cada dia com paixão.