Tião Valente

Tião Valente perderia serviço naquela quarta de jogo. Era preciso chegar antes, obter o ingresso e alcoolizar a espera pelo espetáculo que iria parir uma amarga derrota. Que a volta ao barraco seja adiada, mesmo suportando humilhação de rival e dedo na cara por entre os flashes de lucidez no bar da alegria. O cheiro do vômito na cama, a boca desfigurada, o dedo ereto e roxo denunciavam o prejuízo de um mês que bem pagaria e apagaria as feridas da esposa de Tião Valente.

Giu Santos
Enviado por Giu Santos em 30/11/2009
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