Inveja

Showzinho inodoro, o teclado gemia tons repetidos, copiados, refletiam o olhar outrora masculino do marido senil. Meia esticada, jornal sobre a mesa, mãos dadas, roupa burocrática e a toxina do aposentar-se d’alma. O casal seria o único público daquela pracinha se um louco imundo não insistisse em bailar alcoólico em frente ao palco. Conhecia as mais belas damas, balançava os trapos, o saco de alumínio e o cabelo desleixo; ostentava uma pose só não tão aristocrática quanto a recusa migalha do velho.

_Vamos embora, querida! Disse azedo

Giu Santos
Enviado por Giu Santos em 25/11/2009
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