A OPERA

Creuza nasceu feia, feia mesma, coitada!!! e como toda feia, pobre.

Que pobreza e feiura, e feiura e pobreza, 'e tudo igual ,ou se nao e', fica sendo.

Destino:- empregada domestica.Desejo maior:-assistir uma ''opra".Conhecimento:-zero

.A familia da casa um dia, ia..Carmem de Bizet, teatro municipal, um acontecimento, cimentado nas vaidades humanas e no ditado ''vaidade, vaidade, que teu nome e' '' mulher'', e Creuza era.

Criou coragem, pediu, a familia curiosa!!! Pagaram para ver, viram.

Creuza nunca mais foi a mesma depois de ver Carmem, a cigana, ser morta a estiletadas, e a musica?.

Ficou na sua cachola"" Toureador, Toureador..."".

Hoje tem medo de qualquer ''homem'' que no manicomio se aproxima dela, grita:-""Jose', por favor nao me mate"".

Usa rosa vermelha nos cabelos, saias longas e danca, danca e canta, canta...e' a propria CAMEM, nao a de Bizet, que a de Bizet na fumava.

 Carmem do manicomio fuma, e charuto ainda por cima, pensa que ainda trabalha na fa'brica que fabrica os tais.Pobre Creuza.Pobre Carmem.Uma nunca existiu.A outra quase.

WILLIAM ROBERTO CUNHA
Enviado por WILLIAM ROBERTO CUNHA em 07/11/2009
Reeditado em 11/11/2009
Código do texto: T1909926