Infortunado Inverno

Abre os olhos, o dia já esta amanhecendo, e profundamente se convence que sempre esteve cambaleando a beira do abismo.

Sente-se no espasmo da agonia...

As páginas da história do seu passado sempre foi marcada de horror, de mentiras e enganos.

Quando as tormentas violentas sopram sobre sua vida, e que agora no pode evitá-las, põe-se em ação para tentar reunir os destroços, sem nada conseguir...

Ao volver os olhos de sua vida passada, pode-se ver quantas vezes ela foi moldada pela desgraça que ele mesmo se envolveu...

Nada podia trazer-lhes o alivio... sentia-se aterrorizado.

Temia ter que abandonar sua vida naquele infortunado inverno...

Passava pelas profundezas da pobreza e da enfermidade da alma... e perguntava-se o que faz prosseguir através de todos os obstáculos que passava... e nada o ajudava... ontem suportou...mas hoje... e nem podia pensar no amanhã.

Olhava para trás e via um campo de destroços e sonhos mortos, ilusões desfeitas, esperanças não vingadas, melodramas...

Apesar de tudo, não sente pena de si mesmo, e não derrama uma lágrima, e nem sente remorso pelas pessoas que enganou, que roubou-lhes a alma... por que viveu... elas apenas existiram... como ele, apenas existe... e pôs cabo à sua vida!

LOIRALIZ
Enviado por LOIRALIZ em 13/10/2009
Reeditado em 27/09/2013
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