A Casa da Ponte
Sentou-se a mesa de escrever e por varias horas tentava colocar no papel uma estratégia para que não fosse conduzida a casa da ponte, pois não suportava a idéia de la viver novamente.
Traçando vários passos que poderia dar certo e anotando quais as prováveis consequencias de cada uma delas, teria que tomar uma decisão.
So lembrava os dias intermináveis em que vivera infeliz na casa que ficava isolada logo apos a ponte do Rio das Pedrinhas...
Sempre achou que o nome havia sido dado, justamente por que passava horas jogando pedrinhas no fundo do rio...e sonhando com dias melhores.
Sim, houve o dia que resolveu abandonar tudo... deixando para tras tudo que havia construido, mas nada lhe importava, não era feliz.
Enfim, conheceu a liberdade e a felicidade, passara anos nos braços de um novo amor, que para ela, era tudo o que tinha na vida...
Suas noites eram infernais, quase não dormia, fingia... pois não podia ser descoberta.
Houve uma noite que não suportou mais a cama, levantou e foi assistir o noticiário... e la estava uma notícia que lhe causou náuseas e um alivio ao mesmo tempo...
Houvera uma enchente, a maior dos últimos tempos, e durante a noite a enchente levou a casa da ponte sem haver sobreviventes.