A LAVADEIRA E A JUSTIÇA !
Cansada de ganhar a vida, lavando "dunas e dunas" de roupas as margens da Lagoa de Abaeté, rendeu-se ao progresso e comprou uma máquina que, desgraçadamente, "negou fogo logo em seguida".
Insatisfeita, retornava à Lagoa todas as manhâs ao encontro de suas trouxas, lamentando ver suas mãos cada vez mais calejadas.
Tarde sim, tarde não, corria atrás de seus direitos nas Varas e Cartórios, conversando com Juízes, Dativos e demais Advogados.
Foi assim que, na luta, descobriu sua vocação... Estudaria Direito e seria uma Advogada para defender suas amigas lavadeiras.
A Justiça, contudo, cega como sempre, do alto de seu pedestal e alheia aos problemas do "povão", mantinha o ritual de "Pilatos"...
"LAVAVA ÀS MÃOS"!
(Homenagem às Lavadeiras e Advogados)