O amanhã nunca morre...

     Um dia de 1960...
     Eles se encontraram num baile na casa dos pais dela. Viram-se e amaram-se. Dançaram o baile todo e nenhum dos dois jamais esqueceu o bolero "Solamente Una Vez" que eles bailaram emocionados ao som da orquestra. Ao fim da festa, ele perguntou:
     - Posso te ver amanhã?
     Seus olhos já tinham respondido, mas ela completou:
     - Mal posso esperar pelo amanhã!
     Um dia de 1990...
     - Mal posso esperar pelo amanhã!
     Repetiu ela para o advogado quando soube que o seu divórcio - com direito à metade dos bens do riquíssimo marido - seria homologado no outro dia.





Santiago Cabral
Enviado por Santiago Cabral em 25/08/2009
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