MARCO DA DESPEDIDA
Era inacreditável como a gente não conseguia se entender. Por qualquer motivo, qualquer coisinha, brigávamos. Já no terceiro ano de casamento, o nosso relacionamento estava tão desgastado, tão deteriorado, que novamente nos vimos diante de um juiz, desta vez para o divórcio. Coisa inevitável no decorrer daquele processo de desentendimentos.
Na hora de assinar a papelada, olhei-a profundamente nos olhos, procurando captar algo ali que me desse explicações. Mas nada descobri. Ela suportou o meu olhar. E naquele momento descobri que não conseguiria viver sem aquela mulher. Minha mão tremeu. Hesitei, o coração disparou, mas acabei assinando.
Na saída eu a convidei para jantar, como despedida. Ela aceitou, sem dizer palavra. Simplesmente me acompanhou. Eu não quis olhá-la novamente, para não ter a surpresa desagradável de ver o que não queria. Andávamos lado a lado, como duas pessoas que não tem nada a dizer um ao outro.
Mesmo no restaurante, permanecemos calados. Mas chegou determinado momento em que toquei ligeiramente a sua mão, apertando-a depois. No meu íntimo, queria considerar aquilo um marco para a nossa despedida.
No dia seguinte, acordei, como de costume, ao lado dela. Continuamos juntos. E separados, legalmente. E brigando!
Era inacreditável como a gente não conseguia se entender. Por qualquer motivo, qualquer coisinha, brigávamos. Já no terceiro ano de casamento, o nosso relacionamento estava tão desgastado, tão deteriorado, que novamente nos vimos diante de um juiz, desta vez para o divórcio. Coisa inevitável no decorrer daquele processo de desentendimentos.
Na hora de assinar a papelada, olhei-a profundamente nos olhos, procurando captar algo ali que me desse explicações. Mas nada descobri. Ela suportou o meu olhar. E naquele momento descobri que não conseguiria viver sem aquela mulher. Minha mão tremeu. Hesitei, o coração disparou, mas acabei assinando.
Na saída eu a convidei para jantar, como despedida. Ela aceitou, sem dizer palavra. Simplesmente me acompanhou. Eu não quis olhá-la novamente, para não ter a surpresa desagradável de ver o que não queria. Andávamos lado a lado, como duas pessoas que não tem nada a dizer um ao outro.
Mesmo no restaurante, permanecemos calados. Mas chegou determinado momento em que toquei ligeiramente a sua mão, apertando-a depois. No meu íntimo, queria considerar aquilo um marco para a nossa despedida.
No dia seguinte, acordei, como de costume, ao lado dela. Continuamos juntos. E separados, legalmente. E brigando!