Injeção letal.
Naquele velho celeiro empoeirado, cheio de tralhas e esquecido por deus em algum canto da terra a seringa ainda esta caída no chão, gotas residuais de um liquido incolor pingavam no chão.
Ele estava deitado. Indefeso. Mãos amarradas. Lentamente, ela se aproxima. Vestida com um vestido de noiva negro de renda. Pálida. Abaixa-se até ele. Sussurra palavras incompreensíveis em seu ouvido. Abre sua camisa. Abre a navalha. Lentamente, passa a língua em sua orelha, enquanto passeia com a navalha em seu corpo. Ele lentamente acompanha com o olhar sem poder se mover. Ela começa uma incisão em seu tórax e vai descendo até sua barriga. Sua pele sangra e seus olhos lançam lagrimas.
Então, ela se levanta. Grita alguma coisa. Dança. Gargalha. Sussurra. Seus olhos acompanham a movimentação. Ela para. O segura pelas mãos e o arrasta até fora da casa. Joga seu corpo imóvel em uma cova rasa e com uma pá começa a jogar terra em cima de sua carcaça.
Ela termina de tampá-lo com terra. Deixa sua cabeça descoberta. Ela se abaixa. Sussurra em seu ouvido. “eu te amo” beija sua boca calorosamente. O ultimo beijo. Vai embora. Ele está cansado. Seu corpo adormece. Seus olhos se fecham e finalmente adormece. Um sono escuro e sem pesadelos. Fim.