A roda gigante do parque abandonado.

Caminhando por um parque de diversões abandonado vislumbrava os escombros de brinquedos, restos de algodões doces parecidos com nuvens carregadas e anúncios de atrações que não mais existiam, percebeu que sua vida estava em ruínas.

Ligou a roda gigante. Lá de cima podia avistar toda a cidade, parecia um imenso véu de veludo negro cheio de pontos de luzes por todos os lados que mais sugestionavam vaga-lumes solitários na noite. “por que nos transformamos em estranhos para aqueles que mais amamos?” pensou.

“Tudo fica tão pequeno e calmo aqui de cima. Essa brisa...” Continuou devaneando e se levantou para abraçar o vento, esqueceu-se que não sabia voar. Livrou-se de seus problemas, enquanto a roda gigante continuava a funcionar fingindo não saber que agora não havia mais ninguém se divertindo em seus assentos.