A CIÊNCIA DO LOUCO: UMA FÁBULA E TANTO FAZ
Não viveu mas era conhecedor de tudo que aflige o homem.
Contra os males a ele recorriam e da forma mais simples mostrava a solução. E era obvio.
A capacidade de simplificar as dores e mostrar de onde vinham o capacitavam para as suas. Mas não havia. Vivia um infindável estado de plenitude.
A paciência enoja.
Se não sente não sabe.
Começaram, então, a buscar respostas em si mesmos ao perceberem que o cientista nunca gritou na rua contra as maldades do mundo, contra o sofrimento da carne, o canto do galo do vizinho às quatro da manhã...Como não necessitassem mais, o esqueceram.
Ao meio-dia de um domingo o cientista gritou às maldades, matou o galo do vizinho e com as mesma arma que punha na boca deu fim no psiquiatra que não pôde compreendê-lo.