Esperando
Ele, mais uma vez, conferiu o endereço no papel já desgastado pelas aventuras e, entre as milhares de almas solitárias daquela rua, respirou fundo. Era uma atitude inusitada, talvez a mais inusitada da sua vida sentimental. Era o amor que o levou ele ali. Era Carolina.
Não dava para voltar atrás, tinha viajado demais. Apertou, então a campainha e esperou pela voz no interfone. Suava muito, apesar do frio. Mas foi. Estava ali, a esperar aquela porta se abrir e decidir o que fazer.