VIAGEM
Sigo, clandestina de mim, incógnita de ti, a viagem em sentido único que me marcaste a dor na carne...
...arde-me o sal da água quente que me mata a sede, cala-me o medo de ficar, exangue, na beira da estrada.
E o rio de chumbo pesa-me nos olhos, do cansaço fundido que serpenteia nas curvas do meu rosto. Rio pardo, demarcado a meio pelo risco descontínuo do riso necessário...
Não fico na beira da estrada. Não. Sigo o caminho, clandestina de mim... porque o sentido é único, já é único, aos meus olhos estão irremediavelmente presos no chumbo...
(pior que vender o corpo por dinheiro, é entregar o corpo por medo...)
Sigo, clandestina de mim, incógnita de ti, a viagem em sentido único que me marcaste a dor na carne...
...arde-me o sal da água quente que me mata a sede, cala-me o medo de ficar, exangue, na beira da estrada.
E o rio de chumbo pesa-me nos olhos, do cansaço fundido que serpenteia nas curvas do meu rosto. Rio pardo, demarcado a meio pelo risco descontínuo do riso necessário...
Não fico na beira da estrada. Não. Sigo o caminho, clandestina de mim... porque o sentido é único, já é único, aos meus olhos estão irremediavelmente presos no chumbo...
(pior que vender o corpo por dinheiro, é entregar o corpo por medo...)