CRENDICE
Um corpo estava seco no túmulo – a
tampa não resistindo ao tempo arreou.
Naquela cidade, de maneira alguma a
população aceitava o fato com a natu-
ralidade advinda da “causa mortis”,ou
outras causas que não se firmassem em
dados pré-conceituais supersticiosos.
Deitava-se um rosário de falações so-
bre o comportamento moral e atitudes
pessoais do fóssil execrado.Aconselha-
va-se fazer o re-sepultamento em cova
profundamente preparada; tal ocorra no-
vamente retornar ao solo, deverá ser
queimado definitivamente. Dizia-se ain-
da tratar-se de “ser”que em vida foi tão
mau, que a terra rejeitara-lhe acolher após
a morte. Crendice!