Quanto?
Atravessando a rua, sem medo dos carros, como se ali
fosse o seu quintal, lá vai ela. Todos olham temendo por ela. Preocupam-se, afinal, ela vive naquelas redondezas, entre as
pernas de um e de outro, cheirando um, lambendo outro,
fazendo um agrado na expectativa de um cachorro quente.
Mas ninguém quer limpar o chão depois, se algo acontecer.
Ela nem aí, atravessa a rua faceira. Carros passam zunindo,
até que um pára.
Ela entra.
Vinte reais a hora.