Varanda

Uma poeira perpassa a varanda. Faz um céu aberto, nuvens fáceis.

A orquestra de motores embala as ruas, a manhã e a cidade.

O planeta aquece. Árvores, animais e pulmões embevecidos. Tonturas poluentes nos alcançam.

A alma está sem peito, sem espaço. Você diz: -Calce o sapato.

Grita, então, a cidade-estufa, sufocada. Pouco ar. Efizemas.

E as calotas?... e em dúvida, perguntas: as do carro? respondo: -Não, as polares. Elas derretem.

E adormecem as cidades-estufa. Desidratadas. Asfixiadas. Sem varandas...

MJ Minos
Enviado por MJ Minos em 01/05/2009
Reeditado em 08/05/2009
Código do texto: T1570047
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