A Sandália de Junco
A sandália de junco
Nefertiti, a mais bela do Nilo, teve uma infância paupérrima. Ela ajudava sua mãe
na lavagem das roupas. Desde muito cedo, estava na beira do rio, lavando, lavando, lavando. Na época das cheias saía de casa, com um cesto enorme de junco, parecendo maior do que ela. Sua beleza trigueira começava a despontar rapidamente. Preocupação para sua pobre mãe.
Ela era muito infantil, inocente. Certa vez, a barca do faraó, estava perto de onde Nefertiti trabalhava. Ela sentiu dois olhos demorarem em sua pessoa. Sorriu timidamente, um sorriso enigmático. Milhares de pensamentos giraram em sua cabeça durante aquele dia.
No fim da tarde, quando chegava a sua pequena aldeia. Notou certo movimento diferente. Soube que alguns senhores da Casa Real procuravam pela dona de uma sandália de junco que tinha sido achada pelo filho do Faraó.
A menina foi para casa um pouco assustada. Só depois que se certificou que os homens estavam longe, ela comentou com a mãe o ocorrido. A pobre mãe não sabia ao certo se ficava triste ou alegre.
Alguns dias se passaram Nefertiti, continuou com suas lavagens a beira do Nilo. Até que uma tarde ao chegar a casa, foi surpreendida pela comitiva que se espalhara pela viela onde ficava sua casa. O jovem filho do Faraó estava pessoalmente, ali a sua frente. Sentiu aquele olhar penetrar sua pele.
Nefertiti foi levada para o palácio, onde se casou com o filho do Faraó, e viveram felizes por muitos anos. Sua beleza foi imortalizada por genial escultor que legou para a posteridade um busto delicado e belo.