ASSIS
Ao som da marcha - natalina “Anoiteceu”, um homem mulato, alto e magro, atravessa uma movimentada praça do centro do Rio antigo. É 1947. Em uma valise, ele carrega inúmeras letras de músicas inéditas, uma fotografia de um moreno bem bonito, uma garrafa de formicida e outra de guaraná. Senta-se em um dos bancos da praça. Quase pôr-do-sol, perto a um garoto que aborda um Papai-Noel, o homem mulato mistura o formicida no guaraná e bebe a tudo de um só gole, prazerosamente. E só, com um sorriso de Gioconda nos lábios, morre. Ninguém que passa ao lado o socorre. Anoitece.