NOITE VAZIA
O telefone toca. Havia esquecido o jantar. Não encontro aquele batom. Saio de cara lavada.
Restaurante lotado. Não lembro mais o que comi, nem mesmo o que conversei. As pessoas ao meu redor falaram por mim. O burburinho intenso ou tenso, não sei. Eu não estava lá.
Onde será que fui parar?
O pensamento me arrasta para outros lugares. Nada detém minha atenção por muito tempo.
Uma urgência irritante me acompanha. Um desassossego.
Há algo que precisa criar forma, ocupar espaço, preencher o sentido que está vago. E na maior parte do tempo, não tenho a menor idéia do que é.
Daqui a pouco amanhece. E posso voltar a dormir.
(*) IMAGEM: Google
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