Deixando-se ficar...
Deixando-se ficar...
O arrolhar de pombas inconfundível adormecia a tarde, envelhecia as folhas, solicitava brevidade dos ninhos...Estava quente e uma chuva pronunciava-se na colina agitando ciprestes e o capim elefante, Martha envolta em sonhos e uma anágua azul desejou encarnar a umidade do pasto e ser nuvem ainda que para derramar-se sobre o tapete de jovens armadilhas... O vendaval trouxe o já sabido gosto pelas corredeiras. Pedras gemiam e transpiravam o odor do passado que ela agora sorvia em pausada agonia.. .
Por que ? Na manhã estivera satisfeita com a vida que a levava como mansa canoa em suas águas...
Olhar perdeu-se entre o verde e a maciez do manto cinza de nuvens.
Num piscar descuidado aproximou-se do desterro..
Um bem-te-vi cruzou o céu em busca de abrigo, Logo outro e mais dois...
Levaram consigo pensamentos e uma dourada luz pousou nas ávidas mãos vazias....
*virgínia além mar