A FOLHA

As coisas não perderam o sentido, o sentido das coisas é que deixou de ter importância. Parou diante do mar, o vento era apenas frio, o branco do céu lhe trouxe uma tristeza de calmaria. As poças d’água, a umidade do ar, então fechou o casaco e continuou. Não tinha para onde ir e não queria ficar, assim era fácil seguir. Uma folha roçou sua cabeça e guiada pelo vento, pousou perto do meio fio, onde a água da chuva corria, tocou um canto, tentou resistir, mas foi tragada pelo esgoto. Os sapatos estavam molhados e não agasalhavam os pés.

Gerald H Campos
Enviado por Gerald H Campos em 23/03/2009
Código do texto: T1502590
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.