Pássaro polinizador
Todas as manhãs e no cair da tarde; surge no jardim uma passarada; que cantam melodias das estações. As flores com seus estigmas abertos os esperam para polinização, observo atraída ao espetáculo. Um deles desviava-se a mim criando uma coreografia; como se fizesse parte do espetáculo. Aplaudia-os maravilhada. As estações alternavam; as flores transitavam; o colorido variava; e eles a cantarem. Numa manhã de sol contemplando o jardim caíra em minha cabeça um raminho de palmeira. O pássaro sozinho flutuando ao vento; porta-me uma melodia. Deslumbrara, busquei tocá-lo; acariciá-lo; ele esvoaçava; perto o suficiente para ouvi-lo. Sentei. Deixei-o livre, voando e cantando no jardim; na certeza de que sempre o assistirei de perto.