Rosa
"O cravo brigou com a rosa debaixo de uma sacada..."
Ela ficou magoada. Ao ver que ele saía, gritou. Um grito agudo, mas cheio de modulações. Quem ouvisse diria que era um grito lírico. O peito doía como se já nem o ar pudesse conter. Após a última nota, ficou imóvel. Muda. Cega. Nem o seu perfume se sentia. Aquele perfume lhe pertencia. Ao dizer adeus, levara-o com ele. A rosa estava despedaçada.