SUICIDA
Todo o dia acordava pensando em se matar. Pegaria o revolver, enfiaria o cano entre os dentes, miraria o céu da boca e puxaria o gatilho. Não sentiria dor, apenas a luz brilhante da bala rasgando os tecidos do cérebro, depois o nada. Então ficava por um instante, saboreando a sensação reconfortante da ausência de si mesmo.