Hematomas na alma

São 23:00:

Roxa e sôfrega, a meretriz ofega violentamente.

O quarto está aceso.

O ar lhe falta. Os hematomas recobrem a pele de prata sob a luz do quarto.

Alí, em desalinho sob as folhas que reuniu em seu banho de luz

Alguém lhe disse dos caminhos a seguir

Talvez sim, talvez nunca

sejam os caminhos tão verdiços quanto

as folhas que se dedicam a ela agora

Já são 2:30,

A embriaguez da sua alma em trauma

atravessa as eternidades dos livros na estante.

Dá 5:30,

segue ela e os hematomas da alma.

na sua lama de plasma.

Por aí atravessa as páginas da leitura confortante sobre o sofá.

Manchas surgem e se espalham ao toque do estofado. Mas ela reluta. Deita, olha o teto. Lágrimas agora. Alí, entregue às dores do seu ser...

Bom dia...

MJ Minos
Enviado por MJ Minos em 14/12/2008
Reeditado em 16/12/2008
Código do texto: T1335274
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