FLORES DO CONCRETO
Fim de tarde iluminada, e ontem eu o vi de longe da avenida, donde senti que vinha feliz da vida!
Pouco o pude seguir com os olhos, pois passeava rapidamente entre algumas flores, que distraidas-malfadadas!- desabrocharam sob o calor do asfalto negro, quase derretido.
Vinha ele, saltitante, a respirar a brisa escura, entre aquelas parcas folhas secas das árvores das calçadas.
Ele, um diminuto beija-flor, que nunca saberá o que é primavera.