Chorãozinho.

Chorãozinho.

“Engole o choro, moleque!” gritou raivoso e energético, seu pai.

Foi o que André fez por 39 anos, engoliu o choro todas as vezes que as lagrimas insistiam em formar rios intermitentes em sua face.

Em agosto do ano em que fazia quarenta anos, André finalmente explodiu e chorou por longos minutos, sobre o sangue de seu pai e mais quinze pessoas que freqüentavam o clube dos machões da velha escola. Depois num riso frenético e leveza de alma inefável acabou com sua própria vida. O massacre ficou conhecido A chacina dos machos de Chorãozinho.