Do pavoroso ao apavorante.
E, enquanto ele lhe falava de amor, de tesão e de vontade, além - é claro - do "nada consta" da sua conversa composta de nadas enjoativos, ela fugia para os mais profundos recôntidos da sua mente.
De nada resolvia, visto que o amor dele era apavorantemente resistente. Era pavorosa a incapacidade dele de ver a realidade. Aquele amor, sobrevivia tenazmente a traição e a indiferença, a rejeição e a praga, como se essas misérias fossem poderosos tonificantes.
E a boca continuava a babar sentimentos profundos, como se fora de um grande cão São Bernardo...fiel e repugnante.