Do pavoroso ao apavorante.

E, enquanto ele lhe falava de amor, de tesão e de vontade, além - é claro - do "nada consta" da sua conversa composta de nadas enjoativos, ela fugia para os mais profundos recôntidos da sua mente.

De nada resolvia, visto que o amor dele era apavorantemente resistente. Era pavorosa a incapacidade dele de ver a realidade. Aquele amor, sobrevivia tenazmente a traição e a indiferença, a rejeição e a praga, como se essas misérias fossem poderosos tonificantes.

E a boca continuava a babar sentimentos profundos, como se fora de um grande cão São Bernardo...fiel e repugnante.

ProfessoraNadia
Enviado por ProfessoraNadia em 20/11/2008
Reeditado em 07/02/2014
Código do texto: T1293773
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