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NARCISO, O POETA
Era tão pobre de espírito e achava-se o maior dos poetas.
Tudo dizia, mas nada ouvia, tampouco lia seus contemporâneos. O seu som, o seu livro, o seu poema ... tudo dele era sempre o melhor entre os demais.
Apostava, nunca ganhava ... mas cheirou e desdenhou todas as musas, nas quais em vão se inspirara.
Afogou-se, nu, na curva daquele rio ... coitado !