Contos Aleatórios
O telefone virou meu arquiinimigo, que ri da minha aflição e não atende aos meus apelos, permanecendo em silêncio.
Os dias se arrastam sombrios, sem notícias suas, sem ouvir teu sorriso, sem ler seu bom dia!
Tua ausência me afoga em mar de solidão, reduzido a uma alma que se olha num espelho sem reflexo.
Nossa cama, cúmplice de pousos suaves em noites de duelos alados, jaz inerte.
No entanto, recuso-me a aceitar o açoite da saudade. Saudade é para quem não voltará. Saudade não cabe aqui.
Permito-me apenas sonhar, em voltar a enlouquecer em alvoradas de beijos e passear olhares ibéricos sobre o litoral do teu continente.
Enquanto tu não vens, sonho com teu vinho gelado servido em línguas e confesso minhas paixões artesãs a minha irmã Lua!