Prontidão

Foi uma promessa dele:

- Quando você receber uma rosa negra, será então o nosso momento!

- Rosa negra? - sorriu meio sem graça, gravando as palavras na alma.

Jamais havia-o pensado geneticista ou botânico, nada disso. Era apenas um homem à margem de tudo.

Não contaram o tempo, não precisavam contá-lo.

Num dia qualquer, chegava ao trabalho e foi chamado por um guri, tinha uns 8 anos e carregava consigo um botão de rosa... negra.

Ela preparara-se muito antes dele.

Ele reconheceu-se nos olhos do menino. E uma lágrima triste, de incontida frustração rolou suave, quase nem querendo cair pelo rosto.

GitanoAndaluz
Enviado por GitanoAndaluz em 13/10/2008
Reeditado em 26/11/2008
Código do texto: T1225492
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