Prontidão
Foi uma promessa dele:
- Quando você receber uma rosa negra, será então o nosso momento!
- Rosa negra? - sorriu meio sem graça, gravando as palavras na alma.
Jamais havia-o pensado geneticista ou botânico, nada disso. Era apenas um homem à margem de tudo.
Não contaram o tempo, não precisavam contá-lo.
Num dia qualquer, chegava ao trabalho e foi chamado por um guri, tinha uns 8 anos e carregava consigo um botão de rosa... negra.
Ela preparara-se muito antes dele.
Ele reconheceu-se nos olhos do menino. E uma lágrima triste, de incontida frustração rolou suave, quase nem querendo cair pelo rosto.