CONTO MINIMALISTA n.1
A cor da paisagem...
Aquela é uma praça mal afamada, pessimamente frequentada. Poucas lâmpadas, os bancos quebrados, sujeira...
Com um cigarro apertado entre os dedos nervosos, nem sente o frio da noite, apenas espera.
Ouve o som que vem do sinuoso caminho entre as centenárias árvores. Com sua mão livre ele aperta a faca, tenso.
De repente, ela aparece à sua frente. A mulher que anda apressada, de volta à casa. Ele a aborda anunciando bruscamente seu assalto: me dá a bolsa, vadia; se gritar, te mato!
Ela se assusta, se retesa e segura fortemente seu tesouro contra o corpo - a féria da semana do duro trabalho. Assustada, ela quase grita e ensaia uma saída. Ele não perdoa e a fere. Ela cai na calçada de pedra suja.
Ele não se comove. Leva dali, em mãos agora muito manchadas, o que tanto queria, e rapidamente some, encoberto pelo negror da noite.
Apenas deixou mais avermelhada a triste paisagem da cidade...
Silvia Regina Costa Lima
11 de outubro de 2008
A cor da paisagem...
Aquela é uma praça mal afamada, pessimamente frequentada. Poucas lâmpadas, os bancos quebrados, sujeira...
Com um cigarro apertado entre os dedos nervosos, nem sente o frio da noite, apenas espera.
Ouve o som que vem do sinuoso caminho entre as centenárias árvores. Com sua mão livre ele aperta a faca, tenso.
De repente, ela aparece à sua frente. A mulher que anda apressada, de volta à casa. Ele a aborda anunciando bruscamente seu assalto: me dá a bolsa, vadia; se gritar, te mato!
Ela se assusta, se retesa e segura fortemente seu tesouro contra o corpo - a féria da semana do duro trabalho. Assustada, ela quase grita e ensaia uma saída. Ele não perdoa e a fere. Ela cai na calçada de pedra suja.
Ele não se comove. Leva dali, em mãos agora muito manchadas, o que tanto queria, e rapidamente some, encoberto pelo negror da noite.
Apenas deixou mais avermelhada a triste paisagem da cidade...
Silvia Regina Costa Lima
11 de outubro de 2008