A CHAVE DO AMOR
Ela era difícil, durona. Coração impenetrável. Algo impedia que ela se abrisse espontaneamente para o amor. Erguera uma muralha quase que instransponível e o seu sentimento fora embrulhado em papel impermeável, de modo que não vazasse nenhuma gota de amor. Mas ela só não se deu conta de uma coisa: Quando chega a maturidade do amor não há barreiras inamovíveis. E o amor chegara para ela em forma de sonhos, de esperanças e de desejos. E eu era a razão de tudo isso. Quando me aproximei dela, por obra e graça dos deuses do Amor, portava em minhas mãos uma linda chave dourada: A chave do amor! E foi esta chave que abriu o coração empedernido de minha amada. Quando isto aconteceu, ela sorriu para a vida. Sorriu de uma forma graciosa e brilhante, qual nunca a tinha visto fazer. E o maior beneficiado fui eu. Ter uma mulher como Keli do meu lado, e da forma exuberante como o amor ma apresentava, não era para qualquer um. Só entendi o que tinha acontecido, quando me lembrei dos segredos que constituíam a chave do amor: Em primeiro lugar, atenção e respeito. Em segundo lugar, carinho e consideração. Em terceiro lugar, amor e envolvimento. E no equilíbrio de cada segredo, numa mistura de virtudes, que só funcionava na medida certa e quando dispensado para ela no tempo exato, seu coração foi se abrindo e a chave do amor destrancou aquele coração cerrado, fazendo-o, repentinamente, escancarado para a vida, disponível para o amor. E porque o amor chegou, a vida hoje nos sorri com a felicidade.