SEMPRE POR UM FIO...
Eu passava por ali quando o avistei de longe.
Vinha ziguezagueando pela sua natureza dilapidada e invadida, porém ainda por sobre algumas Palmeiras Imperiais, plantadas pelas vaidades, entre uns resquícios da mata atlântica.
De repente um estrondo.
Olhei para o chão e em segundos ali agonizava em vida, após chocar-se no vidro fumê que fechava o pé direito duplo do elevado edifício por ele desconhecido.
Um erro de cálculo no vôo raso do pobre pardal!
Num pio débil, resfolegou pela última vez sobre as minhas mãos e estatelado ali ficou, a ilustrar a debilidade da vida, sempre por um fio.
Um Bem-te- vi cantou...ao longe.