A História da Mulher Buldogue
Conheci a Mulher Buldogue numa quadra do verão de dois mil e seis. Vivíamos as férias numa praia, de belos dias ensolarados e cores claras. Era desses meses quando nos apaixonamos por qualquer coisa. Ela dormia à beira mar, o pouco da brisa coçando aquelas nádegas firmes porém macias.
Mas ela não era só isso. Era também um par de seios volumosos, que desproporcionavam o corpo inteiro, escondendo-se num biquini com gosto de lençol. Fui até a moça urgindo minha cara de pau desregulada.
Não queria, nem esperava, nada além dumas poucas palavras de esperança, apenas uma coisinha para semear os sonhos antes de dormir à noite, quando a escuridão caísse.
E lá nela disse, Oi. A sereia sorriu, sem se mexer ou responder, em nove segundos de pura agonia. Depois, arrastando-se com as mãos e joelhos, na sombra que se dava nela, veio até minha canela e deu uma mordida virtuosa, onde me foram dados dez pontos no pronto socorro.
Nesse dia eu aprendi que do amor vem as caneleiras.