CONFIANÇA
Natália e Lineu estavam juntos já a três anos. Ele trabalha numa empresa de telemarketing. Ela numa Loja de Roupas chiques. Planejam o casamento. Mas só planejamento.
Numa quinta, Natália amanheceu indisposta. Lineu ligou para ela:
Tudo bem amor? Tenho uma notícia não muito boa para te dar:
O quê é?
Vamos ter de cancelar nossa saída amanhã, vou ter serviço extra para estar averiguando aqui no RH.
Que coincidência, também amanheci indisposta hoje e pelo que vejo, é a garganta.
Ligo-te amanhã, então à noite, ok?
Tudo bem amor. Beijo! Saiba que eu o amo.
Também a amo.
Na sexta, encontram-se, (sem nunca imaginarem aquele encontro) – logo na porta de entrada –, numa festa do outro lado da cidade. Ficaram ali estáticos sem nada dizer um ao outro. Pois sempre confiavam um no outro...
28/06/08 (Dispersos)