PERIPÉCIAS DE UM MENINO

 

Em um fim de semana, Jefferson foi ao Shopping com a sua avó Ângela. Logo que chegaram, deram uma pequena volta pela Praça de Alimentação para comprarem algumas guloseimas. Depois, dirigiram-se ao cinema para assistir ao filme “Robô Selvagem”, filme, que, por sinal, acharam bem interessante. “Conta a história de um robô alimentado por inteligência artificial que cai em uma ilha selvagem e causa um impacto gigantesco, no ecossistema do local, quando se vê na missão de criar um filhote de ganso”.

Após, retornaram à Praça de Alimentação, momento em que se depararam com uma antiga vizinha de apartamento. Esta, ao vê-los, fez uma festa! Rápida, abraçou Dona Ângela, beijou o garoto na testa e, com as mãos, apertou-lhe as bochechas. Ele, sério e, com jeito de quem não havia gostado, afastou-se.

– Querido, não vais me dar um beijinho? Estou com saudades!

Jefferson, quieto!

No ar, a mesma pergunta.

– Querido, não vais me dar um beijinho?

O menino, imóvel, permanecia!

– Meu amorzinho, antes de despedir-me, quero o meu beijo!

– Agacha! – disse ele.

A “simpática” vizinha, sorrindo, abaixou-se:

Num gesto de mágoa, o garotinho se grudou nas bochechas da senhora, que pega de surpresa, ligeiro levantou-se, exibindo, no rosto, as marcas dos dedinhos do menino.

– Jefferson, por que fizeste isto? – perguntou-lhe a avó.

– É simples, vovó! Ela nunca mais irá apertar o rosto de alguém! Com certeza, hoje, percebeu o quanto isso é desagradável!

Saltitando, dirigiu-se a sorveteria, cantarolando:

– Moooça! Um sooorvete com muito carinho e amor!

Ilda Maria Costa Brasil
Enviado por Ilda Maria Costa Brasil em 06/12/2024
Código do texto: T8213414
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.