PERIPÉCIAS DE UM MENINO
Em um fim de semana, Jefferson foi ao Shopping com a sua avó Ângela. Logo que chegaram, deram uma pequena volta pela Praça de Alimentação para comprarem algumas guloseimas. Depois, dirigiram-se ao cinema para assistir ao filme “Robô Selvagem”, filme, que, por sinal, acharam bem interessante. “Conta a história de um robô alimentado por inteligência artificial que cai em uma ilha selvagem e causa um impacto gigantesco, no ecossistema do local, quando se vê na missão de criar um filhote de ganso”.
Após, retornaram à Praça de Alimentação, momento em que se depararam com uma antiga vizinha de apartamento. Esta, ao vê-los, fez uma festa! Rápida, abraçou Dona Ângela, beijou o garoto na testa e, com as mãos, apertou-lhe as bochechas. Ele, sério e, com jeito de quem não havia gostado, afastou-se.
– Querido, não vais me dar um beijinho? Estou com saudades!
Jefferson, quieto!
No ar, a mesma pergunta.
– Querido, não vais me dar um beijinho?
O menino, imóvel, permanecia!
– Meu amorzinho, antes de despedir-me, quero o meu beijo!
– Agacha! – disse ele.
A “simpática” vizinha, sorrindo, abaixou-se:
Num gesto de mágoa, o garotinho se grudou nas bochechas da senhora, que pega de surpresa, ligeiro levantou-se, exibindo, no rosto, as marcas dos dedinhos do menino.
– Jefferson, por que fizeste isto? – perguntou-lhe a avó.
– É simples, vovó! Ela nunca mais irá apertar o rosto de alguém! Com certeza, hoje, percebeu o quanto isso é desagradável!
Saltitando, dirigiu-se a sorveteria, cantarolando:
– Moooça! Um sooorvete com muito carinho e amor!