"O PORQUINHO DE OLHO AZUL" Conto infantil de: Flávio Cavalcante
O PORQUINHO DE OLHO AZUL
Conto de:
Flávio Cavalcante
Em uma pequena fazenda cercada por campos verdes e flores coloridas, existia um porquinho muito especial chamado Pipoca. Pipoca não era um porquinho comum, pois tinha algo que o tornava único e especial: um olho azul como o céu.
Todos os outros animais da fazenda adoravam Pipoca. Ele era alegre, brincalhão e sempre ajudava seus amigos quando precisavam. Mas, às vezes, Pipoca se sentia diferente por causa de seu olho azul. Ele se perguntava por que ele era o único porquinho com um olho assim.
Um dia, enquanto Pipoca estava brincando com suas amigas, as galinhas Doroteia e Maricota, ele ouviu um barulho estranho vindo do celeiro. Curioso e um pouco apreensivo, Pipoca decidiu investigar.
Quando chegou ao celeiro, encontrou um pequeno passarinho chorando em um canto. Pipoca se aproximou gentilmente e perguntou:
__ O que aconteceu, amiguinho?
O passarinho, com as penas todas arrepiadas, respondeu:
— Eu estava voando e me perdi da minha família. Agora estou com medo e não sei como voltar para casa.
Pipoca, com seu coração bondoso, disse:
— Não se preocupe! Eu vou te ajudar a encontrar sua família. Meu olho azul me permite ver coisas que os outros não conseguem. Vamos procurar juntos!
Com o passarinho pousado em seu lombo, Pipoca começou a andar pela fazenda, usando seu olho azul para procurar pistas. Eles foram até o lago, onde a água refletia o céu, e Pipoca percebeu uma direção onde o azul do céu parecia brilhar mais intensamente.
Seguindo aquela direção, Pipoca e o passarinho atravessaram o campo de girassóis, passaram pelo bosque e chegaram a um pomar de maçãs. Lá, ouviram o canto alegre de vários passarinhos. O passarinho no lombo de Pipoca reconheceu o som imediatamente.
— É a minha família! — exclamou ele, feliz.
Os passarinhos voaram ao encontro do amigo perdido, abraçando-o com suas pequenas asas. O passarinho, grato, disse a Pipoca:
— Muito obrigado! Sem você, eu nunca teria encontrado minha família.
Pipoca sorriu, sentindo uma onda de alegria e satisfação. Ele percebeu que seu olho azul não era algo para se envergonhar, mas sim uma habilidade especial que poderia usar para ajudar os outros.
Quando Pipoca voltou para a fazenda, todos os animais o receberam com alegria. Eles já sabiam da aventura e estavam orgulhosos do amigo. A partir daquele dia, Pipoca nunca mais se sentiu diferente de uma maneira negativa. Ele entendeu que ser único era algo maravilhoso e que suas diferenças o tornavam ainda mais especial.
E assim, o porquinho de olho azul viveu feliz, sempre ajudando seus amigos com seu olhar especial, e a fazenda nunca mais foi a mesma, pois todos aprenderam a valorizar suas próprias singularidades.
E assim termina a história do Pipoca, o porquinho de olho azul, que mostrou a todos que as nossas diferenças podem ser nossas maiores forças.
Flávio Cavalcante