A Bolsa Amarela - autora Lígia Boyunga adaptação para peça de teatro infantil
A bolsa amarela de Lígia Boyunga
Cenário de um quarto
A menina entra cansada joga a bolsa de lado e vai até a mesinha e senta e escreve em vários papéis
Vamos lá tive várias ideias de nomes que posso usar pode ser Maria Sofia Eduarda ou Isabel se eu fosse menino poderia ser Roberto Vinícius Afonso ou Daniel
Assim minha mãe quando chamasse o Raquel eu já sabia que não era comigo
Sabe quem é Raquel sim pois bem sou eu mesma
Eu tenho tanta vontade que vão assim crescendo e engordando e crescendo cada vez mais dentro de mim
Mas não é qualquer vontade daquela de ficar tomando sorvete ou comendo doce a toda hora
Vocês também desejam?
Eu tenho uma vontade enorme de crescer de uma só vez deixar de ser criança esticar e de repentede repente vira adulta
Às vezes eu tenho vontade de ter nascido um menino em vez de ser menina porque às vezes eu quero fazer uma coisa e as pessoas dizem logo isso é coisa de menino
Mas hoje lá na escola a professora perguntou o que eu queria ser quando crescer
Fiquei pensando logo me veio uma vontade grande enorme e responde logo quero ser escritora
Não é que fiquei com vontade, depois disso essa essa vontade tá pegando no meu pé
Acho que tenho que começar logo a escrever
Acho que vou escrever cartas
Prezado André ando querendo bater papo mas ninguém aqui em casa tá afim dizem que não tem tempo mas eles ficam mesmo é vendo televisão vai dar pé
Levanta da cadeira
Mas sabe o que aconteceu
Um dia meu irmão entrou no meu quarto e pegou a carta e leu veio logo me perguntar quem é André vendo gracinha pé achou que era um paquerinha da escola
Nossa fiquei brava hein falei que ele era inventado que tudo aquilo era inventado o nome de rua número de casa o nome das pessoas
Mas ninguém acredita em mim e sempre dá uma confusão danada
Vai para mesinha amassa o papel e joga fora
Já sei e se eu escrevesse um romance tive uma ideia é para já era uma vez um galo um galo chamado rei que fugiu do galinheiro
Se levanta novamente
Mas aí um dia minha irmã pegou o romance e leu e ficou rindo olhou para mim e falou Raquel de onde você tira tanta besteira e saiu contando para todo mundo e todo mundo ficaram zombando de mim
Tá vendo gente grande não entende a gente
Às vezes eu quero desistir de ser escritora
Volta para Mara mesinha
Mas essa vontade é tão grande tão grande tá crescendo tanto dentro de mim
Fica na mesinha escrevendo e rabiscando
Um dia chegou um pacote da tia brunilda coisas que a tia doava para a gente tinha muitas roupas de gente grande e sempre não sou brava nada para mim mas dessa vez dentro de uma caixa estava uma coisa que ninguém queria
Abre a caixa
Dentro da caixa tinha uma bolsa uma bolsa amarela,
Da cor bem amarela
Achei bem legal a bolsa tinha sete filhos sim cada bolso da bolsa é um filho tem um grandão dois de cada lado com zíper com botão um pequenininho mas que esticava e um de comprido bem fininho
Eu poderia guardar tudo ali
Tive logo uma ideia é aqui que vou esconder todos os meus tesouros e as minhas vontades
Só tem um problema a bolsa não tinha fecho
Sacudi meu cofrinho pensando em comprar um peixe novo para ela mas só tinha duas ou três moedas
Fiquei pensando mas como vou fechar essa bolsa lembrei logo que eu tinha guardado um feixe bem velhinho tem alguma bolsa velha da minha mãe fui logo colocando ele e falando bem sério quando alguém quiser te abrir você cuide logo em enguiçar tá me ouvindo
Assim pude colocar minhas vontades dentro da bolsa peguei uns nomes que eu estava juntando um alfinete de fralda que eu tinha achado na rua e eu não sabia bem para que ele ia servir uns desenhos que eu estava desenhando de personagens das histórias que eu criei
E também uns pensamentos que eu estava pensando
O mais precioso mesmo que eu entendi lá no fundo lá no fundo da bolsa foram as minhas vontades aquelas que ninguém pode ver
Ah mas não é dessas vontades que a gente sente de ficar tomando sorvete de ficar comendo docinho toda hora
Colocando a mão na cabeça como se tivesse puxando o pensamento
Vou pegar a vontade de crescer
A vontade de ter nascido menino
Vou colocar aqui também a minha vontade de ser escritora
Pronto tá fechadinho agora ninguém vai ver minhas vontades
Ela foi dormir
Quando foi no outro dia um barulho esquisito vinha da bolsa
Com cara de espanto e meio com medo Raquel abriu a bolsa amarela e de dentro saiu um galo mascarado
O galo saltou de dentro da bolsa
Assim que viu Raquel logo reconheceu que era o rei do romance
Ah é você rei o galo do romance que eu escrevi o que você está fazendo aqui
Ah Raquel você não continuou a história então eu precisei pensar para saber o que fazer depois de ter sido inventado quero lutar por minhas ideias
Raquel perguntou que ideias
Eu não quero mandar sozinho no galinheiro eu quero mais galos eu quero que as galinhas também mandam junto com os galos no galinheiro
Mas eu fui preso por pensar diferente, parece que o pessoal do galinheiro tava tudo com as ideias costuradas e só pensavam de uma maneira, e quando pude eu logo fugi e me escondi bem aqui na bolsa amarela nenhum lugar é tão bom quanto a bolsa amarela para se esconder
Raquel fala
Por isso que senti que a bolsa estava um pouco pesada
Ai pensando bem eu posso deixar você ficar aqui dentro da bolsa amarela
O galo fala
Que ótimo o Raquel não se sinta mal mas eu posso escolher um nome novo eu vi que você tem um monte aqui dentro da bolsa amarela
Ah pode sim respondeu Raquel
O galo logo entrou na bolsa e começou a fuçar para lá e para cá
Quando ele saiu falou
Achei achei o nome que eu gostei vou me chamar Afonso tudo bem para você Raquel
Afonso acho que tudo bem
Fechando a bolsa falou vamos estou atrasada para a escola
Foram então para a escola Raquel para onde andava levava a bolsa amarela voltando da escola na rua ela encontrou um guarda-chuva
Raquel fala
Nossa tão linda a mas tá toda bagunçada
Então fiquei pensando esse guarda-chuva foi feito homem ou mulher foi feito pequeno depois é grande ai ele fica grande quando ele quiser crescer eu queria ser como ele mas se mas se eu crescer de repente a vontade de brincar vai passar
mesmo assim eu vou colocar ela aqui cabe certinho nesse bolso da bolsa amarela vou levar ela para casa
Quando chegou o fim de semana
Logo no sábado me falaram para me arrumar porque era dia do almoço na casa da tia brunilda
Raquel se arruma sapato casaco e não posso esquecer pega a bolsa amarela
O almoço deve ser o de sempre bacalhoada mas eu nem gosto de bacalhoada a minha mãe olha para mim com uma cara eu vou ter que comer
Vou contar para vocês como foi o almoço de sábado na casa da tia brunilda
Estávamos todos lá sentado na mesa tudo tranquilo estava indo tudo bem como qualquer outro dia de almoço até chegar o Alberto
Meu primo isso mesmo aquele menino malvado que sempre quer implicar comigo
Quando ele olhou para mim viu logo a bolsa amarela
E veio na minha direção dizendo logo cantando assim
Vou espiar essa bolsa para ver o que ela tem eu vou espiar essa bolsa para ver o que ela tem
Quando ele falou isso fique logo apavorada quase puxando os cabelos e todos ficaram olhando e querendo rir de mim pelas minhas histórias que a o meu irmão e a minha irmã havia um contato
E num piscar de olhos o Alberto saltou e pegou a minha bolsa
Então fiquei rezando pedindo para o fecho em de sangue sai e não deixar ninguém abrir a bolsa
E que bom que ele não estava conseguindo mesmo
Foi aí que fiquei pensando nas minhas vontades que estavam dentro da bolsa na minha vontade de ter nascido menino porque eu não nasci um Alberto se eu tivesse nascido menino isso não seria assim então e a bolsa crescendo crescendo e todo mundo olhando e ficando curioso com o que estava acontecendo
Então pensei em outra vontade se eu fosse gente grande queria abrir a minha bolsa assim iriam me respeitar
Foi aí que a bolsa foi crescendo mais e mais e mais
De repente houve um estouro e todo mundo ficou de olho arregalado olhando para a bolsa amarela
O fecho ficou tão zonzo que desenguiçar
Para minha sorte o Afonso pulou lá de dentro e foi logo falando senhoras e senhores respeitável público eu sou um galo mágico e a Raquel me trouxe aqui para fazer uma mágica da bolsa que engorda e desengorda e como já terminei o show tchauzinho
E ele saiu de fininho e eu fiquei meio sem graça e peguei a bolsa e disse legal a mágica né bacana e sai correndo
No outro dia eu falei
Me diz aí Afonso o que que aconteceu dentro da bolsa amarela
A gente estava ficando apertado apertado quase que sem ar foi aí que o alfinete de fralda nos salvou, ele é um herói, inspetor todas as vontades com tanta força que estourou tudo mas o coitado ficou todo torto
Mas sabe Raquel eu queria mesmo era sair pelo mundo com as minhas ideias mas meu voo é um boinho de nada se eu subir muito alto eu posso cair e me espatifar
Foi aí que o guarda-chuva pensou e disse eu posso ajudar você a voar muito longe e quando você precisar eu posso ser o seu paraquedas
Afonso respondeu que ótima ideia
Raquel falou vamos então na casa dos consertos consertar você
Chegando lá ela viu a mulher a cozinhar um homem a consertar a menina a pintar o mapa e o avô
Perguntei para o homem se o guarda-chuva tem conserto
Logo um relógio cuco tocou e ouviu-se uma música e todos começaram a dançar no meio da casa quando o relógio parou de tocar cada pessoa estava num lugar diferente foram fazer outras atividades eu achei aquilo um barato a menina foi quem pegou o guarda-chuva e me falou você tem pressa fica pronto amanhã pensei que família esquisita por que vocês trocaram de lugar ela respondeu Ah tava na hora assim ninguém ia enjoar ou achar que fazia mais que o outro ou fazer alguma coisa menos legal e o outro
Perguntei quem era o chefe quem resolvia quem resolvia as coisas
Ela respondeu qualquer um pode resolver
Retrucou o Raquel mas você é uma menina
A menina respondeu sim sou eu moro aqui também
E aquilo foi ficando interessante tão interessante que perdi a hora de voltar para casa
Ah mas quando cheguei tomei uma bronca fiquei de castigo uma semana
Como eu não podia sair de casa o Afonso foi pegar o guarda-chuva que chegou com a cara mais feliz do mundo
Mas essa semana do castigo foi maravilhosa para mim eu pude escrever escrever à vontade
Inventei tanta coisa afinal escritora tem que inventar muitas coisas
Raquel fica jogando as folhas para o ar escrevendo e jogando as folhas para o ar
Viviam me dizendo que tem coisas que são só para garotos como empinar pipa andar de skate jogar bola que eu pensava que era o jeito ter nascido garoto mas hoje hoje eu sei que o jeito é outro tive uma ideia
Vou lutar pelas minhas ideias Afonso vamos para a praia empinar pipa
Chegando na praia então ela resolveu tirar de dentro da bolsa amarela a sua vontade de crescer a sua vontade de ter nascido garoto e deixar eles ir embora junto com as pipas
Afonso perguntou você não vai mais esconder as suas vontades aí dentro
Afonso é que elas viram que eu estou perdendo as vontades delas então me perguntaram se
Afonso perguntou ué e a vontade de escrever
Ah essa eu não largo não ela essa não está pesando quase nada eu posso escrever sobre tudo
Afonso pensou bom também está na hora de eu ir para o mundo
Mas eu fiquei ali pensando como iria ser vamos sentir saudades mas a qualquer momento nós podemos nos ver um abraço e Afonso saiu voando com o guarda-chuva
E de repente todas as coisas foram sumindo no ar e começou a chover e só sobrou o alfinete amassado dentro da bolsa a bolsa estava tão leve que quando vi quem estava leve era eu
A bolsa amarela de Lígia boiunga
Cenário de um quarto
A menina entra cansada joga a bolsa de lado e vai até a mesinha e senta e escreve em vários papéis
Vamos lá tive várias ideias de nomes que posso usar pode ser Maria Sofia Eduarda ou Isabel se eu fosse menino poderia ser Roberto Vinícius Afonso ou Daniel
Assim minha mãe quando chamasse o Raquel eu já sabia que não era comigo
Sabe quem é Raquel sim pois bem sou eu mesma
Eu tenho tanta vontade que vão assim crescendo e engordando e crescendo cada vez mais dentro de mim
Mas não é qualquer vontade daquela de ficar tomando sorvete ou comendo doce a toda hora
Vocês também desejam?
Eu tenho uma vontade enorme de crescer de uma só vez deixar de ser criança esticar e de repentede repente vira adulta
Às vezes eu tenho vontade de ter nascido um menino em vez de ser menina porque às vezes eu quero fazer uma coisa e as pessoas dizem logo isso é coisa de menino
Mas hoje lá na escola a professora perguntou o que eu queria ser quando crescer
Fiquei pensando logo me veio uma vontade grande enorme e responde logo quero ser escritora
Não é que fiquei com vontade, depois disso essa essa vontade tá pegando no meu pé
Acho que tenho que começar logo a escrever
Acho que vou escrever cartas
Prezado André ando querendo bater papo mas ninguém aqui em casa tá afim dizem que não tem tempo mas eles ficam mesmo é vendo televisão vai dar pé
Levanta da cadeira
Mas sabe o que aconteceu
Um dia meu irmão entrou no meu quarto e pegou a carta e leu veio logo me perguntar quem é André vendo gracinha pé achou que era um paquerinha da escola
Nossa fiquei brava hein falei que ele era inventado que tudo aquilo era inventado o nome de rua número de casa o nome das pessoas
Mas ninguém acredita em mim e sempre dá uma confusão danada
Vai para mesinha amassa o papel e joga fora
Já sei e se eu escrevesse um romance tive uma ideia é para já era uma vez um galo um galo chamado rei que fugiu do galinheiro
Se levanta novamente
Mas aí um dia minha irmã pegou o romance e leu e ficou rindo olhou para mim e falou Raquel de onde você tira tanta besteira e saiu contando para todo mundo e todo mundo ficaram zombando de mim
Tá vendo gente grande não entende a gente
Às vezes eu quero desistir de ser escritora
Volta para Mara mesinha
Mas essa vontade é tão grande tão grande tá crescendo tanto dentro de mim
Fica na mesinha escrevendo e rabiscando
Um dia chegou um pacote da tia brunilda coisas que a tia doava para a gente tinha muitas roupas de gente grande e sempre não sou brava nada para mim mas dessa vez dentro de uma caixa estava uma coisa que ninguém queria
Abre a caixa
Dentro da caixa tinha uma bolsa uma bolsa amarela,
Da cor bem amarela
Achei bem legal a bolsa tinha sete filhos sim cada bolso da bolsa é um filho tem um grandão dois de cada lado com zíper com botão um pequenininho mas que esticava e um de comprido bem fininho
Eu poderia guardar tudo ali
Tive logo uma ideia é aqui que vou esconder todos os meus tesouros e as minhas vontades
Só tem um problema a bolsa não tinha fecho
Sacudi meu cofrinho pensando em comprar um peixe novo para ela mas só tinha duas ou três moedas
Fiquei pensando mas como vou fechar essa bolsa lembrei logo que eu tinha guardado um feixe bem velhinho tem alguma bolsa velha da minha mãe fui logo colocando ele e falando bem sério quando alguém quiser te abrir você cuide logo em enguiçar tá me ouvindo
Assim pude colocar minhas vontades dentro da bolsa peguei uns nomes que eu estava juntando um alfinete de fralda que eu tinha achado na rua e eu não sabia bem para que ele ia servir uns desenhos que eu estava desenhando de personagens das histórias que eu criei
E também uns pensamentos que eu estava pensando
O mais precioso mesmo que eu entendi lá no fundo lá no fundo da bolsa foram as minhas vontades aquelas que ninguém pode ver
Ah mas não é dessas vontades que a gente sente de ficar tomando sorvete de ficar comendo docinho toda hora
Colocando a mão na cabeça como se tivesse puxando o pensamento
Vou pegar a vontade de crescer
A vontade de ter nascido menino
Vou colocar aqui também a minha vontade de ser escritora
Pronto tá fechadinho agora ninguém vai ver minhas vontades
Ela foi dormir
Quando foi no outro dia um barulho esquisito vinha da bolsa
Com cara de espanto e meio com medo Raquel abriu a bolsa amarela e de dentro saiu um galo mascarado
O galo saltou de dentro da bolsa
Assim que viu Raquel logo reconheceu que era o rei do romance
Ah é você rei o galo do romance que eu escrevi o que você está fazendo aqui
Ah Raquel você não continuou a história então eu precisei pensar para saber o que fazer depois de ter sido inventado quero lutar por minhas ideias
Raquel perguntou que ideias
Eu não quero mandar sozinho no galinheiro eu quero mais galos eu quero que as galinhas também mandam junto com os galos no galinheiro
Mas eu fui preso por pensar diferente, parece que o pessoal do galinheiro tava tudo com as ideias costuradas e só pensavam de uma maneira, e quando pude eu logo fugi e me escondi bem aqui na bolsa amarela nenhum lugar é tão bom quanto a bolsa amarela para se esconder
Raquel fala
Por isso que senti que a bolsa estava um pouco pesada
Ai pensando bem eu posso deixar você ficar aqui dentro da bolsa amarela
O galo fala
Que ótimo o Raquel não se sinta mal mas eu posso escolher um nome novo eu vi que você tem um monte aqui dentro da bolsa amarela
Ah pode sim respondeu Raquel
O galo logo entrou na bolsa e começou a fuçar para lá e para cá
Quando ele saiu falou
Achei achei o nome que eu gostei vou me chamar Afonso tudo bem para você Raquel
Afonso acho que tudo bem
Fechando a bolsa falou vamos estou atrasada para a escola
Foram então para a escola Raquel para onde andava levava a bolsa amarela voltando da escola na rua ela encontrou um guarda-chuva
Raquel fala
Nossa tão linda a mas tá toda bagunçada
Então fiquei pensando esse guarda-chuva foi feito homem ou mulher foi feito pequeno depois é grande ai ele fica grande quando ele quiser crescer eu queria ser como ele mas se mas se eu crescer de repente a vontade de brincar vai passar
mesmo assim eu vou colocar ela aqui cabe certinho nesse bolso da bolsa amarela vou levar ela para casa
Quando chegou o fim de semana
Logo no sábado me falaram para me arrumar porque era dia do almoço na casa da tia brunilda
Raquel se arruma sapato casaco e não posso esquecer pega a bolsa amarela
O almoço deve ser o de sempre bacalhoada mas eu nem gosto de bacalhoada a minha mãe olha para mim com uma cara eu vou ter que comer
Vou contar para vocês como foi o almoço de sábado na casa da tia brunilda
Estávamos todos lá sentado na mesa tudo tranquilo estava indo tudo bem como qualquer outro dia de almoço até chegar o Alberto
Meu primo isso mesmo aquele menino malvado que sempre quer implicar comigo
Quando ele olhou para mim viu logo a bolsa amarela
E veio na minha direção dizendo logo cantando assim
Vou espiar essa bolsa para ver o que ela tem eu vou espiar essa bolsa para ver o que ela tem
Quando ele falou isso fique logo apavorada quase puxando os cabelos e todos ficaram olhando e querendo rir de mim pelas minhas histórias que a o meu irmão e a minha irmã havia um contato
E num piscar de olhos o Alberto saltou e pegou a minha bolsa
Então fiquei rezando pedindo para o fecho em de sangue sai e não deixar ninguém abrir a bolsa
E que bom que ele não estava conseguindo mesmo
Foi aí que fiquei pensando nas minhas vontades que estavam dentro da bolsa na minha vontade de ter nascido menino porque eu não nasci um Alberto se eu tivesse nascido menino isso não seria assim então e a bolsa crescendo crescendo e todo mundo olhando e ficando curioso com o que estava acontecendo
Então pensei em outra vontade se eu fosse gente grande queria abrir a minha bolsa assim iriam me respeitar
Foi aí que a bolsa foi crescendo mais e mais e mais
De repente houve um estouro e todo mundo ficou de olho arregalado olhando para a bolsa amarela
O fecho ficou tão zonzo que desenguiçar
Para minha sorte o Afonso pulou lá de dentro e foi logo falando senhoras e senhores respeitável público eu sou um galo mágico e a Raquel me trouxe aqui para fazer uma mágica da bolsa que engorda e desengorda e como já terminei o show tchauzinho
E ele saiu de fininho e eu fiquei meio sem graça e peguei a bolsa e disse legal a mágica né bacana e sai correndo
No outro dia eu falei
Me diz aí Afonso o que que aconteceu dentro da bolsa amarela
A gente estava ficando apertado apertado quase que sem ar foi aí que o alfinete de fralda nos salvou, ele é um herói, inspetor todas as vontades com tanta força que estourou tudo mas o coitado ficou todo torto
Mas sabe Raquel eu queria mesmo era sair pelo mundo com as minhas ideias mas meu voo é um boinho de nada se eu subir muito alto eu posso cair e me espatifar
Foi aí que o guarda-chuva pensou e disse eu posso ajudar você a voar muito longe e quando você precisar eu posso ser o seu paraquedas
Afonso respondeu que ótima ideia
Raquel falou vamos então na casa dos consertos consertar você
Chegando lá ela viu a mulher a cozinhar um homem a consertar a menina a pintar o mapa e o avô
Perguntei para o homem se o guarda-chuva tem conserto
Logo um relógio cuco tocou e ouviu-se uma música e todos começaram a dançar no meio da casa quando o relógio parou de tocar cada pessoa estava num lugar diferente foram fazer outras atividades eu achei aquilo um barato a menina foi quem pegou o guarda-chuva e me falou você tem pressa fica pronto amanhã pensei que família esquisita por que vocês trocaram de lugar ela respondeu Ah tava na hora assim ninguém ia enjoar ou achar que fazia mais que o outro ou fazer alguma coisa menos legal e o outro
Perguntei quem era o chefe quem resolvia quem resolvia as coisas
Ela respondeu qualquer um pode resolver
Retrucou o Raquel mas você é uma menina
A menina respondeu sim sou eu moro aqui também
E aquilo foi ficando interessante tão interessante que perdi a hora de voltar para casa
Ah mas quando cheguei tomei uma bronca fiquei de castigo uma semana
Como eu não podia sair de casa o Afonso foi pegar o guarda-chuva que chegou com a cara mais feliz do mundo
Mas essa semana do castigo foi maravilhosa para mim eu pude escrever escrever à vontade
Inventei tanta coisa afinal escritora tem que inventar muitas coisas
Raquel fica jogando as folhas para o ar escrevendo e jogando as folhas para o ar
Viviam me dizendo que tem coisas que são só para garotos como empinar pipa andar de skate jogar bola que eu pensava que era o jeito ter nascido garoto mas hoje hoje eu sei que o jeito é outro tive uma ideia
Vou lutar pelas minhas ideias Afonso vamos para a praia empinar pipa
Chegando na praia então ela resolveu tirar de dentro da bolsa amarela a sua vontade de crescer a sua vontade de ter nascido garoto e deixar eles ir embora junto com as pipas
Afonso perguntou você não vai mais esconder as suas vontades aí dentro
Afonso é que elas viram que eu estou perdendo as vontades delas então me perguntaram se
Afonso perguntou ué e a vontade de escrever
Ah essa eu não largo não ela essa não está pesando quase nada eu posso escrever sobre tudo
Afonso pensou bom também está na hora de eu ir para o mundo
Mas eu fiquei ali pensando como iria ser vamos sentir saudades mas a qualquer momento nós podemos nos ver um abraço e Afonso saiu voando com o guarda-chuva
E de repente todas as coisas foram sumindo no ar e começou a chover e só sobrou o alfinete amassado dentro da bolsa a bolsa estava tão leve que quando vi quem estava le