PRIMEIRO DIA DE AULA

Aninha nem conseguiu dormir de tão ansiosa que estava, era seu primeiro dia de aula naquela escola, novos colegas, novos costumes e novos professores.

Fazia mais de uma semana que seus materiais novos já estavam arrumados, uniforme engomado, tênis e meias, tudo estava impecável.

Aninha estava muito ansiosa, a mãe sempre se orgulhava da filha estudiosa, mas uma coisa ela não notava, a ansiedade da menina já estava fora do comum, a perfeição com tudo. Os mínimos detalhes na arrumação do material na mochila, as perguntas que a filha fazia não era comum a uma garota já cursando o oitavo ano. Às dúvidas que consumia a sua cabeça deixava cada vez mais ansiosa.

No dia que começou às aulas ela queria chegar muito cedo na escola, a primeira talvez e isso não era tão normal, mas a mãe só se preocupava em se vangloriar do quanto a filha era preocupada com os estudos.

A primeira redação que a professora pediu foi que cada um descrevesse os seus sonhos.

Aninha surpreendeu tanto a professora quanto a direção da escola.

Ela relatava o quanto queria ser a melhor e mais destacada nos estudos. E se culpava da separação dos pais. Foi um relato que realmente precisava de atenção e cuidados.

A mãe foi chamada na escola, depois de muita conversa ela disse:

- Eu sempre me orgulhei da perfeição dela em tudo, de querer ser a melhor aluna, nunca pensei que ela estava sofrendo assim, nunca se manifestou, apenas vive em seu quarto estudando.

Resumindo senhora, sua filha está depressiva, a ansiedade dela é um sinal, precisa procurar ajuda e sua filha vai ficar bem.

Moral da história, criança muito calada ou ansiosa é preciso buscar apoio. Depressão se manifesta de várias formas suties.

Autoria Irá Rodrigues.