A PREGUIÇA DO SOL

Era uma manhã respingada de chuvisco, o Sol na maior preguiça, abriu os olhos, se espreguiçou e voltou a cochilar. O galo estava apressado para despertar outros galos, mas o Sol não acordava, a chuva deixava a manhã escura como se ainda fosse noite. Às galinhas impacientes, o galo Adamastor cansado de ficar no poleiro, abriu o bico e cantou: Cocoricó , acorda! Acorda bondoso Sol, o Sol tomou um susto bocejou e disse com a voz embargada de sono:

-Que atrevimento desse galinho insignificante e logo lançou seus belos raios aquecendo as flores que dormiam serenadas, as nuvens deram uma trégua, a chuva se retirou. O dia enfim despertou com folia dos passarinhos, borboletas abrindo as asinhas para se aquecerem, as abelhas colhendo o néctar e enchendo seus baldinhos, o galo se refastelando no milharal, galinhas ciscando com seus filhotes.

A natureza exibindo suas cores deixava o dia em harmonia e tudo continuava na rotina daquele lugar.

Irá Rodrigues.