A FAMÍLIA DO RATO GIGI

Moravam numa casa abandonada, Gigi o ratinho travesso, Dom ratão o papai e Rita a mamãe.

Gigi nunca ficava parado, com a sua curiosidade vivia descobrindo lugares diferentes, quando não estava remexendo os latões de lixo da rua, saia pelo jardim correndo atrás das borboletas,

Uma bela manhã, enquanto o papai Ratão cuidava de concertar a carroça para passearem no domingo, a mamãe Rita costurava as meias furadas e lavava roupas no laguinho do jardim.

Gigi estava entediado sem nada para fazer, saiu e foi ao parque encontrar os amigos, o dia foi curto para tantas aventuras, no meio de tantas estripulias nem sentiram fome e logo chegou a noite, o céu escureceu, a chuva caia forte e logo virou uma tempestade desabando do céu.

Gigi e os amigos não conseguiram sair se tentassem se aventurar seriam carregado pela forte correnteza que se formava. Os tres tremendo de frio e de fome, o medo estava tão grande deixando-os assombrados. O menor ruído, os ratinhos procuravam um cantinho no alto da escada e logo se abrigaram num monte de entulhos onde a chuva não conseguia chegar.

A noite custava a passar, quando abriram os olhos o Sol já iluminava o dia, nem sinal da noite de tempestade.

Gigi começou a mexer o focinho farejando cheiro de comida, foi o primeiro a sair do esconderijo. O parque estava lotado de crianças que corriam de um lado para o outro na maior algazarra.

E logo os tres se refastelavam com pipocas e farelos de biscoitos que as crianças esqueciam nos bancos.

Foi um dia de muita comilança, nada faltava para o banquete, Gigi gritava dando saltos e dizia:

- Onde tem crianças nada pode faltar, nem para elas, muito menos para bondosos e inocentes ratinhos.

A tarde de panças cheias, resolveram voltar para casa, com certeza os pais estavam agoniados com o seu sumiço. Foram dois dias de aventuras e muitas alegrias se tornaram momentos de tristezas. Ao se aproximar de casa o que Gigi viu foi um espaço limpo, a casa onde vivia feliz com a sua família desapareceu.

Entre lágrimas ele se perguntava: Meus pais, onde foram parar? Entre lágrimas, medos e suspiros andava de um lado a outro, a única coisa que encontrou foi os óculos da mamãe Rita jogados longe.

Nada mais restava. O que aconteceu? Indagava tão alto que um gato sentindo pena do pobre ratinho se aproximou aumentando o medo de Gigi.

- Calma! Não estou com fome, pode ficar tranquilo, por enquanto você está salvo. Só queria dizer que uma máquina grande passou levando tudo e nada se salvou. Seus pais com certeza foram esmagados ou se tiveram sorte estavam fora trabalhando e se salvaram. Concluiu o gato.

Gigi de tão triste saiu de cabeça baixa e foi procurar um lugar onde pudesse se proteger das garras dos gatos e poder chorar de saudades dos seus pais.

Os dias passavam e ninguém sabia o paradeiro dos pais de Gigi.

Autora Irá Rodrigues