As aventuras de Duduggi - amigo de quatro patas
Era uma manhã de sexta-feira e
Duduggi estava feliz com a ida para a Fazenda do tio Zuca, irmão mais velho de seu pai, Val.
Aquele fim de semana era a despedida das férias.
Tudo pronto, lá foram eles.
O percurso até a propriedade era repleto de sítios e enormes pastagens, também havia alguns açudes, e isso tudo encantava a garotinha de seis anos, que seguia a viagem inteira cantarolando e fazendo perguntas para a mãe.
Três horas depois já estavam no portão da propriedade, a casa tinha um lindo avarandado, ao seu redor árvores frutíferas e mais ao fundo um grande curral, galinheiro e uma imensa reserva de mata nativa ao longe. A mata bem preservada mantinha vivo o riacho da sereia, nome dado por avô paterno ainda na juventude.
Tão logo o carro parou, Duduggi saiu em disparada para reencontrar os primos de cinco e três anos.
Para ela essa era a melhor parte de estar ali, nada de tarefas, proibições, somente brincar e brincar.
A menina estava tão entretida que nem percebeu tio zuca chegando e trazendo consigo algo no colo, o que fez com que as crianças menores dessem pulos de alegria.
Rapidamente Duduggi também seguiu os primos sara e Caio, e não escondeu a emoção ao ver de pertinho que tratava-se de uma uma cachorrinha vira-lata.
O bichinho tinha o olhar assustado, mas demostrava docilidade.
Tio Zuca contou que a encontrou amarrada e com sede na margem da estradinha.
As crianças ficaram encantadas com o animal e trataram logo de pedir que a deixassem com eles.
Tio Zuca e o pai de Duduggi se entreolharam e para a felicidade dos pequenos disseram sim, mas que eles teriam de dar rapidinho um nome para ela.
E foi assim que a cachorrinha passou a ser chamada carinhosamente de Belinha.
Foram três dias de intensa alegria, uma diversão que começava ao raiar do dia e findava somente ao escurecer.
Porém era chegada a hora de voltar para casa.
Já com as malas no carro, os pais de Duduggi conversam com tio Zuca e agradecem pela hospitalidade.
As crianças se abraçaram demoradamente, os primos menores lamentavam a ida de Duduggi para sua casa, e Duduggi choramingava por ter que partir e deixar os primos e Belinha.
Para acalmar os ânimos e acabar com a choradeira, tio Zuca promete que, no primeiro feriado irá com Sara, Caio e Belinha buscar a sobrinha.
Agora sim, sem choro, apenas novos abraços Duduggi se encaminhou para a porteira da fazenda.
Uma última olhada... e lá estava a cachorrinha, abanando sua calda, com olhar fixo na menina.
Ao acenar para ela, Belinha correu e lambeu-lhe o rosto com que dizendo "não demora, amiga".
A garotinha foi embora e durante a volta para casa ia conversando baixinho com a mãe afirmando que essa tinha sido as melhores férias de sua vida, pois reviu seus primos queridos e ainda ganhou uma nova amiga, Belinha.
Os pais riram e concordaram, entendendo que Belinha agora já era parte integrante da família.